O transtorno do pânico é uma síndrome caracterizada pela presença de ataques de pânico, que são crises súbitas e espontâneas de mal-estar, sensação de perigo e morte iminente, acompanhadas de múltiplos sintomas e sinais de alerta. É como se o organismo estivesse respondendo a uma situação real de perigo.
A característica mais marcante dessa patologia é a forma abrupta como acontece. Geralmente, a primeira crise ocorre quando a pessoa está com a vida em “ordem”. É diferente de fobias, quando a pessoa tem um ataque de pânico quando é obrigado a fazer algo ou estar em algum lugar que lhe causa pavor. No transtorno do pânico, a pessoa é surpreendida por uma “avalanche” de sintomas como tontura, zumbidos nos ouvidos, cabeça pesada e dolorida, falta de ar, sensação de sufoco, sudorese, sensação de aperto, desconforto ou dor no peito, palpitações, despersonalização ou sentimento de irrealidade, medo de descontrolar-se ou de desmaiar.
Normalmente, as pessoas que sofrem dessa síndrome apresentam um perfil característico após as primeiras crises. O que se observa, no entanto, é uma história de infância onde prevaleceram dois tipos de vivências: de um lado crianças que passaram por problemas emocionais que as tornaram tristes, solitárias, tímidas, desconfiadas e preocupadas, e de outro, aquelas que não enfrentaram situações problemáticas durante a infância, sendo poupadas de toda notícia ruim e, conseqüentemente, gerando um total despreparo para o mundo real.
O transtorno do pânico é uma patologia considerada séria, portanto, o tratamento de manutenção deve ser praticado após o controle das crises, evitando as freqüentes recaídas. A psicoterapia aliada à terapia medicamen-tosa têm demonstrado excelentes resultados no estado geral do paciente, além de diminuir drasticamente a freqüência dos ataques.
A indicação medica-mentosa somente não é suficiente para tratar, pois o paciente precisa entender o que lhe aconteceu. A princípio, ele não aceita os tratamentos médico e psicológico tão facilmente, visto que os sintomas da crise o levam a acreditar que o que lhe aconteceu foi real e que a doença é física. É importante ressaltar que a patologia exige intervenções psiquiátrica e psicológica rápidas, pois a falta pode resultar em graves conseqüências de ordem mental.
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