Relacionamentos
longos exigem esforço por parte de parceiros para manter o desejo
Todo
casal teme que, após algum tempo de romance, a disposição para fazer sexo possa
diminuir entre eles. E pode. Segundo a ginecologista, sexóloga e terapeuta
sexual Glene Rodrigues, os parceiros ainda estão na fase da paixão no
período que vai até dois ou três anos de relacionamento. Depois vem o chamado
“amor maduro”, fase em que o casal precisa trabalhar mais para que o desejo se
mantenha. Surgir a preguiça de fazer sexo não é muito difícil –principalmente
para as mulheres. “Os homens têm de 20 a 40 vezes mais testosterona, o hormônio
do desejo, por isso é mais fácil manter a vontade mesmo sob as pressões
diárias”, diz a ginecologista. “Já a mulher precisa de beijos e abraços, de
palavras bonitas e paparicos para ter essa disposição”. De
acordo com a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, os casais precisam levar a
questão a sério, pois a preguiça pode causar a falta de vontade de fazer sexo
ou a diminuição significativa do desejo. "Nesse caso o problema já é uma
disfunção classificada como desejo sexual hipoativo, que é bastante difícil de
tratar”, diz a sexóloga. “Essa preguiça não chega a ser impedimento para que a
relação, depois de iniciada, seja prazerosa. Mas se caracteriza pela falta de
iniciativa de procurar o parceiro, esperando que ele a procure", afirma
Carla. Para ela, esse é um indício importante da disfunção. A outra é quando a
pessoa se recusa a fazer sexo. “Quanto menos sexo você faz, menos tem
vontade fazer", diz a psicóloga e terapeuta sexual Ana Canosa. "É
como praticar um esporte." O
hábito de fazer tudo do mesmo jeito é um dos grandes vilões nos relacionamentos
-e uma desculpa para que a preguiça sexual se instale. O segredo é usar a
imaginação a seu favor e despertar a atenção do outro com pequenas mudanças no
cotidiano. “Se você parou de sair para jantar com o parceiro, volte a fazê-lo.
Se ainda costumam fazer esse programa, experimente marcar de se encontrarem no
local, sem saírem juntos de casa", diz a psicoterapeuta Olga Tessari.
"Para seduzir é preciso sair da rotina". Ela também aconselha que os casais
aproveitem os momentos que estiverem a sós para uma conversa olho no olho e
para falar sobre o quanto são importantes um para o outro, e não para listar
problemas a serem resolvidos. “Namorar é algo que o casal vai ter que fazer a
vida inteira", diz a terapeuta sexual Glene Rodrigues. "Isso inclui
mandar flores, ligar para saber se o outro está bem, mandar torpedos carinhosos
e picantes”, afirma.
Motivos que levam à preguiça
Para o psicólogo e psicoterapeuta de casais Ricardo Lima, há momentos em que a falta de interesse pelo sexo é mais comum na vida dos casais. “Logo após o nascimento dos filhos, quando as mulheres têm a atenção mais voltada ao bebê, por exemplo", afirma Lima. "Nesse momento, os homens podem associar muito o papel de mãe à parceira, o que pode interferir negativamente no desejo". Outra situação é quando a mulher entra na menopausa e há diminuição de hormônios. Para o psicólogo, o ideal é que as pessoas que se queixem desse problema procurem seus médicos e façam exames hormonais, assim podem descartar problemas físicos que interferem no desejo. ”Diabetes e depressão são algumas doenças que têm como sintomas a diminuição do desejo", diz Ana Canosa. "Há medicações, como antidepressivos, que podem interferir na libido”. De acordo com Ricardo Lima, a preguiça sexual faz parte de um leque de queixas, principalmente das mulheres.
Para o psicólogo e psicoterapeuta de casais Ricardo Lima, há momentos em que a falta de interesse pelo sexo é mais comum na vida dos casais. “Logo após o nascimento dos filhos, quando as mulheres têm a atenção mais voltada ao bebê, por exemplo", afirma Lima. "Nesse momento, os homens podem associar muito o papel de mãe à parceira, o que pode interferir negativamente no desejo". Outra situação é quando a mulher entra na menopausa e há diminuição de hormônios. Para o psicólogo, o ideal é que as pessoas que se queixem desse problema procurem seus médicos e façam exames hormonais, assim podem descartar problemas físicos que interferem no desejo. ”Diabetes e depressão são algumas doenças que têm como sintomas a diminuição do desejo", diz Ana Canosa. "Há medicações, como antidepressivos, que podem interferir na libido”. De acordo com Ricardo Lima, a preguiça sexual faz parte de um leque de queixas, principalmente das mulheres.
A
preguiça sexual pode acontecer também devido a questões mal resolvidas no
relacionamento, segundo a psicoterapeuta Olga Tessari. “Se houver resistência
do parceiro para o sexo, é bom conversar", afirma ela. "Homem, no
geral, sabe separar o desejo dos problemas e, às vezes, acha que fazendo sexo
irá resolver a questão. Já a mulher precisa ter tudo resolvido antes, ou não
consegue transar”. Para o psicoterapeuta Ricardo Lima, os casais não conversam
sobre a insatisfação conjugal naturalmente. "Normalmente usam o tom
de cobrança, reclamação e raiva. É preciso descobrir o que está levando ao
desinteresse”.
Para
Carla Cecarello, esse desinteresse também pode ter a ver com o grau de
intimidade do casal. Quando a cumplicidade entre os parceiros é muito grande, o
prazer pode ser distribuído em várias situações, como assistir televisão
juntos. Segundo Carla, isso é mais comum por parte das mulheres. "Esses
pequenos momentos são tão prazerosos que a energia sexual começa a ficar
diminuída e o amante começa a ser visto como amigo. Isso vai dando espaço para
a preguiça sexual se instalar”, diz a sexóloga. Para Ana Canosa, as
mulheres têm mais motivos do que os homens para sofrer desse mal. “Elas
acumulam mais funções do que eles e por isso se cansam mais fisicamente",
diz. Há também o problema de não priorizar o sexo como questão de
prazer. "Os homens descarregam a tensão se masturbando. A mulher
prefere dormir, fazer massagem ou até ir à academia para relaxar, mas não
transar”, afirma a psicóloga. Fazer sexo regularmente deve ser uma das
prioridades do casal, pois faz bem fisicamente para cada um dos parceiros e
para a relação amorosa. "Aumenta a intimidade com o outro, fica a sensação
de ser desejado e reafirma o interesse dos dois”, diz Ana.

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