Entenda as causas do ciúme excessivo e
aprenda a controlá-lo para melhorar seus relacionamentos
De acordo com o psicólogo Michael Vincent Miller, experiências
emocionais negativas que tenham sido vividas por um dos lados de um relacionamento podem afetar o desenvolvimento da relação.
Atitudes como o sentimento
de posse e o
excesso de ciúmes,
segundo Miller, são decorrentes de uma insegurança profunda, normalmente originadas nos
relacionamentos familiares durante a infância. Miller afirma que pessoas com
esse tipo de comportamento na idade adulta em geral tiveram uma infância e
adolescência conturbadas e, provavelmente, relacionamentos difíceis com os pais
e pessoas mais próximas.
O ciúme é um sentimento próprio do ser humano, mas
passa a ser um problema a partir do momento em que deixa de ser apenas um
sentimento esporádico para se tornar uma obsessão constante.
Um relacionamento deve ser
encarado como uma forma de agregar valores positivos à sua vida. Serve para que
se tenha companhia e apoio em diversas situações ao longo da vida, mas não pode
tornar-se “muleta” para suprir carências emocionais ocasionadas por traumas ou
perdas anteriores. Devemos respeitar a individualidade do outro, e entender que
há um conjunto de fatores que tornam uma pessoa quem ela é. Estes fatores estão
relacionados ao seu passado, suas amizades, experiências que viveu e outros
inúmeros detalhes que não podem ser controlados pelo parceiro.
Vamos
encarar o processo de possessividade e ciúme patológico como um ciclo. A
autoestima baixa e a falta de amor próprio fazem com que a pessoa se enxergue
de modo inferior, mais feia, menos inteligente ou bem-sucedida. Esses
sentimentos de inferioridade levam à insegurança nos relacionamentos em que
essa pessoa se envolver.
Essa
insegurança diz respeito principalmente ao medo de perder o “objeto” amado – no
caso, o parceiro. O ciumento passa a acreditar que “não merece ser amado” e,
portanto, será trocado por alguém melhor. A insegurança por sua vez, gera a
desconfiança: a pessoa passa a suspeitar de traição e a enxergar fatos
corriqueiros da relação como grandes problemas. Quanto maior a desconfiança de
uma “troca” iminente, mais baixa a autoestima – e assim o ciclo volta a se
iniciar, aprofundando-se mais a cada vez.
Mas o
que fazer para lidar com esses sentimentos tão complexos?
Cuide da autoestima
A
máxima de que você precisa primeiro se amar para depois ser amada pelos demais
cabe perfeitamente aqui. Elabore uma lista com as suas principais qualidades e
cole em algum lugar visível – pode ser o espelho ou a parede em frente ao
computador, a ideia é vê-la muitas vezes ao dia para se lembrar do que é muito
bom em você.
Todo
mundo tem defeitos, mesmo pessoas de sucesso, lindas e simpáticas. O truque é
aprender a conviver com eles, tentando melhorá-los quando possível, mas sem se
martirizar por possuí-los. Tem o dedo torto? Ronca? É desastrada? Encontre seus
defeitos e ria deles, faça piada de si mesma. Nada supera o bom-humor – e seus
efeitos a longo prazo são maravilhosos para a autoestima.
Homens
também adoram mulheres alto astral. Ao invés de ficar emburrada porque uma
mulher bonita passou e seu namorado olhou de canto de olho, faça um comentário
bem humorado sobre o ocorrido. Ele vai passar a te admirar mais e a qualidade
da relação vai subir, sem essas discussões bobas e desnecessárias.
Dicas
Relacionadas
Releve
É
preciso deixar claro: seres humanos olham para o que chama a atenção. Você
olha, suas amigas olham, o tio da padaria olha, até seu pai olha. Por quê,
então, seria diferente com o seu namorado?
Não há nada de extraordinário em admirar
o que é obviamente bonito, não queira exigir que seu parceiro seja indiferente
a outras mulheres. Esteja mais interessada no respeito propriamente dito. Não estamos dizendo que você deve ou não
deve perdoar traições concretas, porque isso é uma questão pessoal. Mas não
faça um escândalo porque ele olhou uma bunda, ou porque ele disse que acha a
Megan Fox uma gata. Saiba diferenciar o que é falta de respeito e o que é
simplesmente uma condição humana.
Controle-se
Se
acontecer – vai acontecer – de notar que uma situação x não se tratou de falta
de respeito mas, ainda assim, sentir vontade de iniciar uma discussão, conte
até mil – ou dez mil. Cante uma música mentalmente, lixe as unhas, leia um
livro, qualquer coisa. Exercite o autocontrole. É difícil, mas com o tempo você
vai notar que está se tornando uma pessoa mais tranquila e menos ansiosa, o que
é benefício para o amado e, principalmente, para sua própria saúde.
Procure ajuda profissional
Se, mesmo depois de tentar os passos
anteriores, você perceber que não conseguiu avançar, sempre é válido buscar a
ajuda de um bom terapeuta. Alguns traumas e carências estão tão estigmatizados
na mente que fica difícil livrar-se deles sozinha. Um psicólogo ou
psicoterapeuta pode te ajudar a enxergar melhor as causas da sua insegurança e a encontrar a melhor forma de lidar com ela.

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