O que são métodos contraceptivos?
São meios – com princípios não hormonais ou hormonais –
utilizados para evitar a gestação não planejada.
Os métodos hormonais modificam vários mecanismos fisiológicos
que favorecem a concepção, dificultando a migração dos espermatozoides pelo
colo, tornando o ambiente uterino hostil à implantação da gravidez e podendo
inibir a ovulação, dependendo da dosagem.
Os métodos não hormonais não interferem nesses processos e
funcionam impedindo a união do óvulo e do espermatozoide – fecundação – por
meio de bloqueios cirúrgicos (das trompas uterinas na mulher e dos ductos
deferentes no homem), do uso de obstáculos, como nos métodos de barreiras, da
ação de efeitos químicos dos dispositivos intrauterinos e dos fundamentos dos
métodos comportamentais.
O que são métodos comportamentais? Quais
são os métodos?
São aqueles que modulam o comportamento do casal por meio do
coito interrompido – baseado no controle masculino e a ejaculação extravaginal
– e da abstinência das relações sexuais nos períodos de fertilidade,
reconhecidos por sinais como aumento do muco cervical e elevação da temperatura
ou presumidos pela tabelinha.
O que são métodos de barreira? Quais são
os métodos?
São meios físicos ou químicos que interceptam a trajetória dos
espermatozoides na vagina e impedem a ascensão em direção às tubas. São utilizados
como barreiras: agentes químicos espermicidas na forma de comprimidos, cremes,
geleias e óvulos, além de materiais sintéticos impermeáveis, entre os quais
silicone na confecção dos diafragmas – o poliuretano –, da camisinha feminina,
de alguns preservativos e da esponja vaginal e o látex usado nos capuzes
cervicais e preservativos masculinos.
Como a camisinha masculina deve ser colocada? E a feminina?
A camisinha masculina deve ser colocada logo após a
ereção e antes da penetração, pela possibilidade de liberação de sêmen mesmo
antes da ejaculação. É importante pressionar a extremidade do preservativo,
para retirar o ar e reservar esse espaço para acomodar o volume do ejaculado
seminal, e depois envolver todo o pênis, desde a glande até a sua base. Esses
cuidados são fundamentais para manter a integridade do preservativo e reduzir
os riscos de falhas do método. Além disso, recomenda-se retirar o pênis da
vagina em seguida à ejaculação, para reduzir a possibilidade de extravasamento
do sêmen.
A camisinha feminina oferece como vantagens a
proteção dos genitais externos e não dependência do parceiro para o seu uso.
Deve ser colocada antes do contato genital, cobrindo o canal que se estende da
vulva até o colo do útero. Para tanto possui dois anéis flexíveis; um deles –
fechado – é inserido no fundo vaginal, sustentando o revestimento do colo
uterino, e o segundo anel – com abertura – permanece na vulva, mantendo a
permeabilidade da vagina. Após a ejaculação, retira-se o preservativo apertando
e torcendo o anel externo.
É importante sempre combinar um
método de barreira com outro método contraceptivo? Por quê?
Essa combinação, denominada como dupla proteção, refere-se
ao uso de um método contraceptivo associado ao preservativo – masculino ou
feminino. Deve e pode ser usada em todas as relações sexuais, pelo destaque dos
preservativos como o único método capaz de proteger contra doenças sexualmente
transmissíveis, inclusive a AIDS.
Quais são as chances de que a
camisinha masculina falhe?
A probabilidade de falha é estimada pelo Índice de
Pearl – pelo número de gestações entre 100 usuárias do método ao longo de 12
meses. Para a camisinha masculina as chances de gestação não intencional são de
2 a 15% e dependem do uso correto e consistente do método.
O que são os anticoncepcionais hormonais?
Quais são as vantagens e desvantagens deste método? Que tipos de
anticoncepcionais existem?
Existem dois grandes grupos de
anticoncepcionais hormonais – os combinados com estrogênio e progestogênio e os
com progestogênios isolados –, que podem ser administrados por vias: oral,
intramuscular, subdérmica, transdérmica, vaginal e intrauterina.
Os injetáveis são métodos
muito eficazes, os combinados – associação de estrogênio e progestogênio – são
de uso mensal e têm estimativa de falha de 0,05%, enquanto que para o injetável
com progestógeno isolado de uso trimestral a chance de falha é de 0,3% em 1
ano.
São métodos seguros para a
maioria das mulheres, no entanto, os efeitos nocivos à saúde dependem de
fatores de riscos individuais e da presença de algumas doenças que podem ser
agravadas. Por isso, a avaliação médica é importante tanto na escolha como na
prescrição dos métodos hormonais.
Como
funciona o implante hormonal? E o anel vaginal? E o adesivo anticoncepcional?
Eles realmente funcionam? São recomendados em todos os casos?
O implante hormonal disponível
no Brasil – de uso subdérmico – é um bastão de 40 mm de comprimento por 2 mm de
diâmetro que contém um hormônio no seu interior, responsável pela inibição da
ovulação e de efeitos sobre o endométrio e o muco cervical quando liberado na
corrente sanguínea. Pertence ao grupo de contraceptivos dos progestógenos
isolados de longa duração – 3 anos – e, apesar da alta eficácia, índice de
falha apenas de 0,05%, a descontinuidade é frequente pela alteração do padrão
menstrual – tanto no intervalo como na duração.
O anel vaginal e o adesivo transdérmico
são usados em esquemas mensais, pertencem ao grupo dos contraceptivos
combinados. Vale lembrar que a associação dos dois hormônios proporciona melhor
controle dos ciclos menstruais, além de inibir a ovulação, apresentar efeitos
contraceptivos no endométrio e no muco cervical. São métodos com índices de
falhas de 0,3 a 8%.
Os baixos índices de falhas
desses contraceptivos certificam a eficácia. Porém, em relação à segurança, é
oportuno salientar que existem determinadas situações clínicas que contraindicam
o uso de métodos hormonais, inclusive essas vias alternativas.
O que são os métodos anticoncepcionais
definitivos?
Qual o
melhor método contraceptivo?
Há
outro método contraceptivo para o homem, além da camisinha?
A
mulher, no início de sua vida sexual, deve optar por qual método
anticoncepcional?
Conforme o tempo for passando, qual método
ela deve usar?
Faz
mal usar o mesmo método contraceptivo por muito tempo? A eficácia é a mesma?
Os anticoncepcionais atuais
são seguros para a maioria das mulheres. Apresentam baixas dosagens e,
diferentemente dos contraceptivos hormonais antigos, com altas concentrações,
podem ser utilizados por períodos prolongados.
A eficácia não se reduz com o
tempo de uso, as falhas estão mais associadas ao uso inconsistente, tais como
esquecimentos na tomada dos comprimidos, da interação com alguns medicamentos
que diminuem os efeitos contraceptivos e situações que diminuem a absorção –
como episódios de diarreia e vômitos.

Nenhum comentário:
Postar um comentário