Chorar é sinal
de fraqueza ou sensiblidade?
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Em meio a uma sociedade machista, é
importante ressaltar que o choro não pertence somente às mulheres, mas também
aos homens
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Vivemos ainda dentro de um conceito machista, em que homem que é homem não deve chorar. Para
muitas pessoas, o choro é visto como sinônimo de fraqueza, fragilidade, coisa
de mulher.
Algumas mulheres,
inclusive, se incomodam ou até mesmo se envergonham quando seus parceiros
demonstram certa fragilidade perto de outras pessoas. Parece que o chorar só é
justificado com a morte de um ente querido e de uma relação bem estreita do
tipo mãe e filho. Chorar por causa de um amigo, de um primo ou até mesmo por
causa do patrão pode gerar fofocas e brincadeiras sem fim.
O choro é a emoção em gotas. Seja a dor física ou emocional, quando a
lágrima aparece, fica difícil contê-la, por isso o choro não pertence apenas às
mulheres, mas aos homens também.
Ao longo dos anos tenho visto homens chorando por seus filhos, pela
perda de um grande amor, porsonhos não realizados e outros nem sonhados.
Choram e choram muito, quando entram em contato com suas lembranças, seu
passado e com o que deixaram para trás.
Os homens estão descobrindo suas emoções, por isso, a tendência é enfartarem
menos, terem mais qualidade de vida pessoal e emocional e com isso viverem mais
felizes.
Nosso querido Gonzaguinha já tinha razão anos atrás, quando escreveu que ''um
homem também chora, também deseja colo, palavras amenas, precisa de carinho,
precisa de ternura, precisa de um abraço, da própria candura''.
Lucianne Fernandes, psicóloga clínica especialista em Sexualidade Humana
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