Pesquisa
afirma que sintomas iniciais de ansiedade podem elevar chances em 20%
POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 02/08/2012
Mesmo pessoas que apresentam sintomas
iniciais de estresse, ansiedade e
depressão correm mais risco de sofrer derrames e ataques cardíacos. É o que
afirmam estudiosos do da Universidade de Edimburgo, na Escócia. Os resultados
foram publicados no British
Medical Journal.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de
68 mil pessoas com 35 anos em média, todas participantes de uma Pesquisa em
Saúde para a Inglaterra. Foram calculados os níveis de estresse e ansiedade de todos os
participantes e, durante dez anos, os autores relacionaram essas taxas com
todas as causas de mortes que acometeram integrantes do grupo, como doenças
cardíacas, câncer e fatores
externos.
Após analisar os resultados, os estudiosos
concluíram que as pessoas que apresentavam sintomas de estresse, ansiedade e depressão em níveis mais baixos
eram cerca de 20% mais propensas a morrer em decorrência de um AVC (acidente vascular
cerebral, também chamado de AVE) ou ataque
cardíaco.
Aquelas que já tinham sintomas graves de estresse e ansiedade corriam até o
dobro do risco.
Segundo os pesquisadores, esses resultados
mostram que até mesmo as pessoas com sintomas iniciais, que provavelmente ainda
não descobriram a doença e não estão fazendo tratamento médico, correm riscos.
No entanto, eles afirmam que ainda não é possível estabelecer uma relação de
causa e efeito entre problemas psicológicos e ataques cardíacos.
Invista nessa rotina e afaste o estresse
De acordo com o psicólogo Lucio Novais,
clínico do Centro Psicológico de Controle do Estresse e diretor da Associação
Brasileira de Estresse, o estresse é uma reação do organismo com componentes
psicológicos, físicos, mentais e hormonais, que ocorre quando surge a necessidade
de uma adaptação a um evento ou situação de grande relevância. Mesmo que isso
pareça um bicho de sete cabeças, é muito fácil fugir do estresse comum do dia a
dia - basta adotar alguns simples hábitos.
Na hora do estresse, pense positivo!
O pior que se pode fazer em um momento de
estresse é tentar ignorá-lo. O psicólogo Lucio Novais recomenda pensar em algo
que o acalme. "Esses pensamentos já devem ser planejados anteriormente,
para que a pessoa possa utilizá-los sem ter que ficar procurando o que pensar",
afirma. Diga para si mesmo coisas como "se conseguir mudar meus
pensamentos e relaxar, começarei a me sentir melhor" ou "eu posso
controlar meu estresse".
Trânsito mais tranquilo
Para quem sofre com o estresse no trânsito, o
melhor é fazer exercícios de respiração profunda e alongamentos leves sempre
que o carro estiver parado ou aproveitar o tempo para ouvir áudio-livros, suas
músicas favoritas ou exercitar um idioma.
Durante o trabalho
De acordo com o psicólogo, se algo o
incomoda, procure falar sobre o assunto de uma maneira calma e assertiva. Não
assuma mais responsabilidades do que pode dar conta, aprenda a dizer
"não" e entenda que todo problema tem fim, pois nada ruim dura para
sempre. No trabalho, você também pode investir em ginástica laboral para
relaxar.
Hora do almoço
Fazer uma caminhada até o restaurante para
almoçar, além de ser benéfico para a saúde, contribui para a diminuição do
estresse. Além disso, quando você toma sol, ocorre a liberação de alguns
hormônios, como cortisol, que contribui para o alívio do estresse e da
ansiedade.
Saiba
mais
Final do dia
Para não sofrer os efeitos das situações
estressantes do dia inteiro, acumuladas no fim do dia, o ideal é se ocupar: vá
ao cinema, teatro ou shopping e visite ou receba os amigos em casa. "Essas
situações contribuem para combater o estresse, que, inclusive, pode refletir na
família", conta o psicólogo Lucio Novais. Além disso, procure ver a
família como um refúgio, em vez de um lugar para descontar os problemas.
Hora de dormir
Ao deitar na cama para dormir, é vital:
evitar luzes acesas e barulhos que alternem entre altos e baixos, como o da
televisão; manter a temperatura do quarto estável; escolher um travesseiro que
tenha entre cinco e 10 centímetros de altura, de forma que a coluna fique reta
ao deitar; ter um colchão confortável; evitar dormir com animais de estimação e
não usar produtos ou materiais sintéticos em mobília e roupa de cama.
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