
Entre as dimensões da sexualidade humana está o prazer. O prazer está no compartilhar carícias, na troca afetiva, no gostar de tocar e de ser tocado e também na possibilidade de sentir orgasmo. O prazer não é sinônimo de orgasmo e não é exclusivo das áreas genitais. Todo o corpo é erotizável e, por isso, passível de sentir prazer.
A mulher, ao contrário do homem, pode ao longo do relacionamento perder o desejo espontâneo, porém manter a capacidade de ser responsiva sexualmente. Pode, diante de um momento de intimidade, responder com excitação aos estímulos do parceiro (percepção de sensação de prazer subjetivo e objetivo), que, à medida que excita, desperta o seu desejo, levando-a a se excitar mais ainda e, na continuidade dos estímulos, chegar ou não ao orgasmo. A percepção de satisfação sexual a motiva a buscar sexo em outra ocasião. Portanto, as mulheres têm um modelo de resposta sexual cíclico e não linear como os homens.
O desejo sexual espontâneo feminino existe, em geral, em três situações: novidade de parceria, determinados dias do ciclo menstrual (que variam para cada uma) e diante do momento de reatamento de uma relação que teria terminado. A falta de desejo espontâneo nas mulheres não significa que elas possuam menos desejo que os homens. Ele (o desejo) é apenas diferente na maneira de se manifestar. A partir do desejo sexual (nos homens) a pessoa pode buscar o estímulo e realimentar a estimulação, de forma a se excitar.
No momento da excitação as mudanças corporais se fazem visíveis: o coração bate mais rápido, a respiração fica ofegante, a mama aumenta de tamanho, os mamilos ficam rígidos, os músculos do corpo se contraem, aumenta a lubrificação vaginal e ocorre a ereção do pênis.
O corpo, após um ciclo de resposta sexual (desejo, excitação e orgasmo) entra em um estado de relaxamento. No homem, inclusive, é necessário um descanso para que ele consiga nova ereção seguida da ejaculação. Isso não é geralmente necessário à mulher.
Seria bom que todos, homens e mulheres, entendessem que no sexo o que mais vale é o prazer de brincar, e que a ereção (ou lubrificação na mulher), coito e orgasmo fossementendidos como conseqüências do brincar prazeroso. Nesse caso, o foco não estaria no resultado, e sim no processo, na entrega total.
Gerson Lopes é editor do site V & S
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