Provavelmente todos nós na nossa vida já
tivemos a sensação de que a “sorte” não nos bateu à porta, ou que no dia em que
nascemos, Deus estava doente. Todos já nos sentimos, nem que por breves
instantes, presos nas malhas do pessimismo e sem um sentimento de propósito na
vida. Sentimo-nos em determinadas alturas da vida à deriva e muitos de nós
durante largos períodos. Eu já vivi alguns destes sentimentos, num determinado
período da minha vida. Mesmo com formação em psicologia e
independentemente de ter estudado os mecanismos da mente e da sua influência
nos nossos estados de humor, motivação, energia, competência, atitudes face à vida,
surpreendentemente foi em dois livros de leitura complementar que encontrei o
click que me fez olhar para as coisas com uma outra perspectiva.
Falo especificamente do livro: O poder sem limites, do
autor Antony Robbins, e do livro: Consciência, do autor Osho. Estes são livros
de auto-ajuda, mas inserem-se numa categoria de desenvolvimento pessoal. Posso
dizer que estas leituras mudaram a minha vida para melhor, pois fizeram-me
perceber em termos teóricos, aquilo que eu já tinha aplicado na prática.
Aumentaram a minha capacidade de gerir e alavancar a minha motivação e otimismo
sempre que me deparo com um objetivo, desafio ou problema que quero ver
resolvido. Comecei a perceber melhor os mecanismos que accionamos para
aumentarmos a nossa motivação e isso fez com que eu conseguisse, ensinar e
ajudar outros a fazerem o mesmo. Aquilo que eu me apercebi, foi que
tinha entendido a melhor forma de me auto-motivar e como manter isso
durante períodos longos.
O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
Mas porque razão é que este despertar da
consciência aconteceu?
Aconteceu porque eu descobri a minha chave
mestra, descobri aquilo que já há muito tempo procurava através do estudo,
percebi aquilo que já fazia na prática mas não tinha consciência do seu processo. Percebi
que o nosso maior poder está na forma como comunicamos connosco, está na forma
como estabelecemos uma relação com o nosso eu, está na atitude que temos
connosco.
A forma como cada um de nós estabelece o diálogo consigo
mesmo tem um poder enorme na maneira como depois encaramos a vida. Depois
deste despertar acerca dos mecanismos da mente, e de como é que eu funcionava e
como conseguia mudar, integrar e manipular os meus próprios pensamentos de
forma a que me servissem, entrei num processo de reconstrução de crenças acerca
do meu destino e da influência que os meus pensamentos (agora mais conscientes
e deliberados) tinham no meu sucesso ou nas minhas derrotas, no meu bem-estar
ou na minha tristeza.
TEMOS SEMPRE A POSSIBILIDADE DE CRIAR UM PLANO “B”
Inevitavelmente a vida encarrega-se de nos fazer perceber que
existem inúmeras coisas que nos escapam, que nos ultrapassam e consequentemente
que estão fora do nosso controlo. Eu não controlo uma tempestade ou um furacão,
mas sou responsável na forma como reajo a essa catástrofe. O que quero dizer é
que na construção da resposta, na construção da solução, existe um sem
número de possibilidades, essas possibilidades serão ou não materializadas na
nossa decisão. Aquilo que decidimos fazer entre o estímulo e a resposta
reside a nossa liberdade de escolha, reside a nossa opção.
Se aquilo que queríamos que acontecesse não se efetivou,
existe sempre a possibilidade de construir e accionar um plano “B”. É este
plano que depende de nós, da forma como olhamos o mundo e encaramos a vida. A
percepção que cada um de nós tem acerca das coisas e de si mesmo, sofre
influência da nossa chave mestra. Sofre influências dos nossos
mecanismos de raciocínio, que podem abrir-se ou não à construção de possibilidades
e depois fazermos uma escolha.
A chave mestra, está grandemente
relacionada com o artigo que escrevi sobre a flexibilidade
de pensamento. Esta estrutura
mental positiva que
nos permite flexibilizar o pensamento abre-nos muitas portas na nossa vida.
Grande parte dos artigos que escrevo, reforçam a noção de que
em todos nós existem recursos para enfrentarmos a vida nas suas formas mais
caprichosas. Inequivocamente a estrutura responsável é o nosso cérebro, o
centro de operações capaz de sofrer alterações e adaptar-se às circunstâncias
num processo que chamamos de pensamento, pensamento este que por sua vez é alvo
de modificações através da nossa consciência. O conhecimento que temos
acerca da forma como podemos influenciarmo-nos, é a esperança e a primeira e
última linha de operações em que nos podemos suportar para avançarmos sempre
com a noção que o grau de controlo que exercemos na vida está fortemente
relacionado com a noção que temos de influenciarmos as nossas decisões.
Dica: A chave mestra emerge do conhecimento que possa adquirir na
procura de perceber o quão flexível e criativa é a sua mente, e que a mente
sofre influência directa de si próprio.

Nenhum comentário:
Postar um comentário