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Você já contou alguma mentira ou
conta algumas de vez em quando, certo? Pois saiba que, além de deixar a
consciência mais pesada, a mentira também pode ser prejudicial à saúde do
corpo. Pelo menos foi o que revelou uma pesquisa americana que constatou
que as pessoas que pararam de mentir tiveram menos queixas de dores de
cabeça e estavam menos tensas. O Maisde50 escutou um especialista na área
para entender melhor como a mentira pode fazer mal à mente e ao corpo.
Realizada pela Universidade de Notre Dame, na região de Indiana, nos
Estados Unidos, a pesquisa durou 10 semanas e reuniu 110 pessoas, sendo que
aproximadamente metade foi instruída a não dizer mentiras, nem grandes e
nem pequenas. Já a outra parte não recebeu instruções. O grupo que parou de
mentir apresentou menos reclamações sobre sua saúde física - como se sentir
menos tenso - ou queixas físicas - como dores de cabeça ou garganta.
Segundo o psicólogo e escritor Alexandre Bez, a pesquisa está correta, pois
o comportamento de mentir pode influenciar no aspecto físico também.
"A mentira deixa a pessoa mais apreensível emocionalmente. Ela fica
mais desgastada fisicamente e o corpo emite respostas. Esse desgaste físico
é causado pelo nível de estresse, que mina a saúde em função de um estresse
mental. A manifestação física é uma resposta contraproducente a pessoa que
está mentindo. Mentira não é saudável em nenhum momento".
Ele explica, ainda, que é importante diferenciar mentira de omissão
positiva. "A omissão positiva é no sentido de produção, de surpresa.
Por exemplo, quando a pessoa prepara uma surpresa cuja verdade vai vir à
tona. Ela providencia a verdade, ao contrário da mentira." Já a
mentira negativa, essa pode ser uma doença. E de acordo com o psicólogo,
existem várias razões para a mentira. "Existem os mentirosos
compulsivos, que começam por uma brincadeira e não param mais. Outras
pessoas entendem que a mentira faz parte do dia-a-dia. E outros mentem por
necessidade de esconder um fato."
E não é só para a saúde do corpo e da mente que a mentira faz mal. Ela
também pode minar os relacionamentos pessoais. "Além de cair em
contradição, a pessoa estará minando sua confiança, o que vai ser prejudicial
diante dos outros. No caso das relações conjugais, uma vez perdida a
confiança, essa não é mais restabelecida, gerando um péssimo
relacionamento." – explica Alexandre Bez.
A mentira pode se tornar algo muito mais grave do que parece. O
especialista alerta e recomenda a todos que tenham problemas com mentiras a
procurarem ajuda especializada. "Tem gente que mente compulsivamente
e, aliado a outros componentes mentais, não enxerga isso como mentira, mas
como algo que não prejudica os outros. Esses devem procurar ajuda de um
profissional da área da saúde que melhor se identifiquem. Já aqueles que
não mentem compulsivamente devem usar essa criatividade aplicada na mentira
para as funções do dia-a-dia. Com isso, a pessoa vai ficar mais
saudável."
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