quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tesão pela vida Leitora cansou de ser traída e perdeu o interesse em se relacionar


"Perdi o interesse em me relacionar, infelizmente, pois na minha vida toda, exceto em uma ou duas vezes, sempre fui traída, comprovadamente. Não é paranaia não. Isso acontece desde o meu primeiro casamento, aos 16 anos, e que durou sete anos .Até quatro anos atrás, por mais uma e última vez. Joguei a toalha. Não me interesso mais por ninguém, apesar de ser ainda muito "buscada". Considero-me inteligente e agradável, mas acho que, de fato, perdi o tesão pela vida. Desiludi-me com terapia, algo que me parece "pronto", como receita de endocrinologista. E agora???"


Maryanna - São José dos Campos/SP.



Confira a resposta da psicóloga Márcia Atik* na próxima página.

Cara internauta,

Freud diz que lembrar repetir e elaborar é o caminho que devemos fazer para que mudanças ocorram na nossa psique. A partir de seu texto, eu imagino que você repita, mas sem elaborações, isso é, repetindo o erro e não absorvendo a lição que a vida está dando.

O que eu quero dizer é que provavelmente as suas escolhas estejam sendo repetidas para que se organize e sustente que você não merece ser feliz e que todos te traem.

Quando traumatizadas, as nossas escolhas seguem um rumo pré-traçado, para que se acredite naquela história e assim nos fazer refém dela.

Percebo através do seu questionamento que você tem certa resistência a mudanças de paradigmas, por exemplo, quando diz que terapia é igual receita de endocrinologista, partindo do princípio de que nada muda nunca e, sendo assim, tenho quase certeza de que ao escolher uma parceria, automaticamente você se sente atraída por aquele que vai confirmar sua teoria -“ser traída”. E é o que acontece sempre.

Portanto, sugiro que, a partir desse nosso bate papo, você preste atenção em suas escolhas e faça-as de modo a desconstruir verdades nascidas de traumas e, caso não consiga se abrir para novas relações, tente uma terapia para também desconstruir que terapia é receita pronta, o que absolutamente não é verdade, pois a terapia é dinâmica assim como deve ser sua vida e seus movimentos em busca de realização.


*Márcia Atik é psicóloga, terapeuta sexual e membro do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade (CEPCOS). Para enviar sua história ou sua dúvida, escreva para
editora@maisde50.com.br

http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8855

 

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