A doença é mais um dos males da vida moderna ligados ao
estresse
Ao contrário do que muitos pensam, estresse não é bobagem e muito menos moda.
Sabemos que o trabalho, as obrigações diárias necessitam de muita energia e
acabam rompendo como nosso equilíbrio interno e a capacidade de suportar altas
cargas emocionais, são os chamados eventos estressores. Tais eventos da vida
profissional se misturam com os da pessoal, sendo acompanhados ainda de todas
as exigências, responsabilidades, competitividade e necessidade de constante
aprendizado que são necessários para garantir estabilidade.
Estresse
em pequenas quantidades pode ser até benéfico porque estimula a liberação de
adrenalina pelo organismo, mas é ameaçador quando desencadeia doenças em
aspectos físicos e também psicológicos. Hipertensão arterial, gastrites ou
úlceras, obesidade, câncer, sinais de tensão pré-menstrual, são alguns
exemplos, assim como ansiedade, raiva, indiferença, depressão, desânimo e em
casos mais sérios e avançados, surtos psicóticos ou crises neuróticas.
Como se não bastassem tantos prejuízos à saúde trazidos pelo estresse, a vida
moderna tão agitada nos apresenta mais uma doença que, embora estudada nos
Estados Unidos desde os anos 70, é muito mais evidente nos dias de hoje. É asíndrome de burnout,
que surge no ambiente de trabalho atacando principalmente os profissionais que
trabalham demais e aqueles que interagem constantemente e de forma ativa com
outras pessoas, a exemplo de médicos, enfermeiros e professores, entre tantos
outros.
A síndrome de burnout é definida como um desgaste emocional
extremo que vai além do estresse em decorrência do excesso de preocupações,
frustrações, atribuições e das pressões do trabalho. Um dos agravantes dessa
situação é limitação que a sociedade impõe às pessoas, estabelecendo limites
que as impedem de demonstrar seus sentimentos, fazendo com que sejam prisioneiras
do politicamente correto.
O termo burnout origina-se da língua inglesa e
literalmente quer dizer queimado, esgotado. Ou seja, o estresse consome a
pessoa tanto no emocional quanto fisicamente. Engana-se quem pensa que a
síndrome atinge os trabalhadores menos motivados com o trabalho, pelo
contrário, ela ataca justamente aqueles mais envolvidos e que investem no
trabalho, porém estes apresentam menor capacidade de lidar com a situação.
Sintomas
do burnout
Os
sintomas iniciais do aparecimento da doença caracterizam-se pela exaustão
emocional e um sentimento de incapacidade, a pessoa sente que não pode dar mais
de si no trabalho. Por isso mesmo, os trabalhadores mais motivados reagem ao
desequilíbrio trabalhando mais ainda na tentativa de obter resultados
satisfatórios, e é aí que o quadro da doença tende a se agravar e atitudes
negativas como uma aparente insensibilidade e um certo cinismo em relação aos
colegas de trabalho são os sinais mais evidentes.
E os sintomas do burnout,
tanto os físicos como os comportamentais não se limitam a atingir apenas quem
está sofrendo da doença. Eles se estendem aos que convivem com a pessoa, que
acabam sendo afetados também já que em estágio mais avançado, a pessoa
apresenta dificuldades em se adaptar à organização do ambiente de trabalho e em
realizar tarefas. Assim como existe a idéia de fracasso, a pessoa sente que não
está realizada na vida pessoal e também profissional.
Algumas empresas estão se conscientizado
de que o burnout é uma ameaça para o rendimento dos
trabalhadores e por isso investem em iniciativas para garantir a seus
funcionários um ambiente de trabalho sadio. Oferecem por exemplo, plano de
saúde e durante o expediente, ginástica para aliviar o estresse.
Portanto trabalhador, fique atento.
Observando que o desgaste emocional e os sintomas descritos estão afetando sua
vida profissional e pessoal, procure orientação médica. Uma análise de um
especialista é essencial para diagnosticar quando o estresse ultrapassou os limites e está virando
doença.

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