Como dar atenção aos filhos e ao marido de
maneira justa - e conquistar um relacionamento mais saudável
Por Carolina Werneck
Foto:
Thinkstock
Depois que nasce o primeiro filho, nenhum relacionamento é o mesmo. Essa discussão, muito comum há
alguns anos, parece estar ficando para trás à medida que a vida da mulher
(financeira e emocional) se torna mais independente do marido.
Na sociedade em que viveram nossas avós e mesmo nossas mães, era
natural que o assunto viesse à tona sempre que se falava em casamento e sua relação com o fator “filhos”. Isso
porque, fato cientificamente comprovado, o homem em geral tem ciúmes dos filhos
e da relação de intimidade e afeto incondicional que se desenvolve entre eles e
a mãe.
Se essa visão parece um pouco machista para a maioria diante das
recentes conquistas femininas na sociedade, convém destacar que saber dividir a atenção entre os
filhos e o marido pode
ser o detalhe que falta para não detonar o seu relacionamento.
Uma pesquisa realizada por um site de
relacionamentos aponta que metade dos especialistas no assunto concorda com a
premissa de que, ao tomar decisões, a mulher deve priorizar o marido, e não os
filhos. Um deles afirma: “o relacionamento entre marido e mulher é um compromisso
de vida, tal como o relacionamento entre pais e filhos.
No entanto,
a responsabilidade dos pais é de criar a criança e ensinar a ela valores morais
e responsabilidades de modo que a criança possa cuidar de si mesma quando se
tornar adulta.
Portanto, a relação entre marido e mulher tem prioridade sobre a relação entre pais e filhos, desde que
as crianças estejam bem cuidadas”.
Descabido? Nem tanto, se pensarmos que,
de fato, os filhos são criados visando sua sobrevivência na sociedade e,
fatalmente, acabarão saindo da casa dos pais mais cedo ou mais tarde. Cultivar a relação entre marido e mulher,
sobrepondo-a à relação de pais e filhos é, assim, uma maneira de priorizar uma
possível companhia no futuro, quando as crianças já estiverem cuidando de suas
próprias vidas.
Mas
como alcançar esse objetivo sem negligenciar os cuidados e, sobretudo, o amor
que os filhos demandam? A resposta é simples: dividindo tarefas. Cabe à mãe
permitir que o pai participe ativamente da educação das crianças, deixando de
lado o orgulho materno. Não é fácil, mas é compensador: conforme a mulher se
abstém do papel de guardiã única e soberana dos filhos, o casal tem a
oportunidade de debater questões fundamentais referentes a eles – essa
proximidade acaba tornando o relacionamento mais íntimo e afinado.
A mulher que sabe dosar a atenção que
dispensa aos filhos e ao marido de maneira igualitária está ganhando um casamento
mais saudável.

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