Os pais têm papel fundamental na luta contra esse problema
Por Carolina Werneck
O que é bullying?
Embora a palavra inglesa não tenha tradução literal para o português, qualquer
um sabe explicar ou, no mínimo, já ouviu falar sobre o assunto, que virou tema
de discussão principalmente no tocante ao ambiente escolar.
O
bullying é definido como o ato de provocar ou agredir o outro, verbal ou
fisicamente, de maneira persistente. A agressão pode partir de uma ou mais
pessoas e ser direcionada, igualmente a uma ou mais pessoas.
A
escola é o palco natural desse tipo de situação, uma vez que ali convivem
crianças e adolescentes com as mais diversas características físicas,
religiosas, culturais e de personalidade. Essas diferenças são, em boa parte
dos casos, os agentes motivadores do problema.
O
principal fator de explicação para isso é que, durante a infância e os
primeiros anos da adolescência, a necessidade de ser aceito é característica
inerente à personalidade da maioria dos indivíduos.
Sentir-se
parte de um grupo com suas próprias ideologias, ou simplesmente que se
identifique por características semelhantes é primordial para a autoestima de
crianças e adolescentes.
É
importante entender, no entanto, que nem toda provocação ou desavença deve ser
considerada bullying. “O bullying acontece, quando existe um movimento real
contra uma determinada criança. É uma campanha, uma perseguição contra um alvo
muito bem definido”, diz a psicóloga Nívea Maria de Carvalho Fabrício.
Como detectar o problema?
A
criança ou adolescente nem sempre vai relatar abertamente aos pais o fato de
ser vítima de bullying. Alguns sinais, no entanto, servem de alerta para uma
investigação mais profunda. A criança pode apresentar:
·
Comportamento estranho, em geral se
mantendo isolada;
·
medo de ir à escola;
·
dificuldades para dormir;
·
mudanças de humor e comportamento agressivo
em casa
·
sinais de trauma físico, como hematomas
inexplicados.
Como lidar com o problema?
Se,
após observar seu filho e verificar com professores e funcionários da escola,
você chegou à conclusão de que se trata realmente de um caso de bullying, você
deve tomar alguns cuidados.
Comece
fortalecendo a autoestima da criança, ressaltando suas qualidades e, se julgar
necessário, procurando um terapeuta para trabalhar essa questão de forma mais
contundente.
Depois, invista em uma conversa
franca com ela sobre o
assunto, dando conselhos concretos sem, contudo, encorajá-la a reagir de forma
agressiva. Explique que, quando se sentir diminuída ou provocada, ela deve
demonstrar sua insatisfação falando de maneira firma frases como “Pare com
isto. Não gostei!”. Por último, entre em contato com a escola, relate o
ocorrido e, caso o problema não seja resolvido pelos responsáveis pela instituição,
analise a viabilidade de trocar
seu filho de escola.
Lembre-se
que o bullying é, mais que um problema de relacionamento, uma agressão contra a
integridade emocional da criança. Não o minimize, encare-o de maneira séria e
não desista antes de ter a certeza de tê-lo solucionado.
http://www.dicasdemulher.com.br/como-ajudar-seu-filho-a-driblar-o-bullying/

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