terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mulheres consumistas


Educador financeiro lista os dez erros de consumo mais comuns entre o sexo feminino




Quem gasta mais: o homem ou a mulher? Muitos vão escolher a segunda opção. As mulheres realmente ganharam a fama de “gastadeiras”. Estão sempre levando um bolsa nova, um sapato novo, uma blusinha que está em liquidação, e quando percebem gastaram demais em objetos desnecessários. Porém, depois da bonança vem a consequência no fim do mês, mais especificamente, na fatura do cartão de crédito. Mas em que as mulheres gastam tanto? Como evitar os equívocos? Saiba quais são os principais erros financeiros das mulheres e o que fazer para fugir das tentações.

Segundo o educador financeiro Álvaro Modernell, as mulheres são mais fáceis de serem seduzidas pela vaidade. “Por exemplo, ela experimenta primeiramente e depois pergunta o preço. E, após ter vestido e escutado elogios da vendedora, é mais difícil resistir à tentação da compra. O homem não. Ele pergunta o preço e, se acha caro, nem experimenta. Ele tem menos vergonha do que a mulher de achar que o produto custa mais.”

Apesar da fama de “gastadeira” do sexo feminino, os homens também erram na hora de comprar. Modernell atribui esses enganos ao fato da população não ter recebido educação financeira. “Quando digo educação não é só uma questão de posturas e atitudes, e sim, como a pessoa se comporta em relação ao dinheiro, como não gastar mais do que ganha, fazer pesquisa de preço, viver dentro do padrão da família e, principalmente, não ser vítima das tentações do consumo.”

Porém, gastar é positivo, na opinião do especialista. O problema está no exagero. O consultor dá dicas de como evitar os excessos. “A pessoa tem que usar o dinheiro para três coisas básicas: conforto, segurança (estabilidade de renda, pagar plano de saúde, aposentadoria garantida, por exemplo) e prazer. Além disso, buscar educação financeira de maneira ampla, ir atrás das melhores posturas e atitudes no dia-a-dia, como manter controle do orçamento doméstico. E, claro, evitar desperdícios.”
Outro conselho dado pelo especialista, e que serve para ambos os sexos, é procurar comprar à vista. “Homens e mulheres podem ter total liberdade para gastar, mas desde que façam à vista. Se há dinheiro disponível para fazer isso, faça. Mas se em alguma situação, a pessoa não possuir verba para comprar de uma vez, ela deve parar e refletir. Isso, claro, em termos de roupas, acessórios, equipamentos eletrônicos, por exemplo.”
 
Descubra aqui quais são os 10 erros financeiros mais cometidos pelas mulheres, de acordo com o educador financeiro Álvaro Modernell:
 
1 – Sentir-se poderosa por possuir vários cartões de crédito e usá-los até o limite todos os meses. A sensação de poder passa quando as faturas chegam. Deve ser a mesma sensação da Cinderela ao chegar a meia-noite. A carruagem volta a ser abóbora, os cavalos voltam a ser ratos. Só que as contas não desaparecem. Ficarão atormentando até serem pagas.

2 – Acreditar nas bajulações das vendedoras quando experimentam roupas e acessórios. A psicologia das compras é efêmera. E custa caro. Sai mais barato fazer terapia ou viajar, nem que seja no mundo dos livros.

3 – Acreditar que é preciso variar o tempo todo roupas e acessórios e que é feio repetir roupas em festas. Algumas poucas peças de qualidade bem combinadas causam impacto maior do que uma grande variedade. E fazem melhor ao bolso também. Feio é ficar endividada.

4 – Preferir o parcelamento na hora de pagar com cartão de crédito e acreditar que o preço à vista seria o mesmo. Cartão de crédito é um ótimo meio de pagamento, mas um péssimo meio de financiamento. Evite parcelar. O parcelamento compromete a renda futura e causa falsa sensação de aumento do poder econômico.

5 – Entrar numa loja para comprar um ou dois itens e aceitar que as vendedoras lhe vendam outros. Quem manda no seu dinheiro e conhece as suas necessidades? Você ou a vendedora? E quem vai pagar suas contas quando a fatura chegar?
6 – Fazer compras sem estabelecer antes o limite de gastos. Esse deveria ser o primeiro passo. Aquela bolsa não cabe no orçamento? Paciência. Compre outra. Melhor qualquer bolsa cheia do que uma bolsa de grife vazia. Bolsa cheia permite você viajar, passear, sair, namorar. Bolsa vazia obriga você a ficar junto com ela, dentro de casa, uma olhando pra outra.

7 – Perguntar o preço das peças só depois de experimentar é um dos erros mais comuns. Aí pode ser tarde. Fica mais difícil dizer não. Você já se perguntou por que os vendedores de carro sempre fazem você entrar no automóvel para falar sobre ele? O mesmo acontece nas lojas de roupas. Seja racional na hora das compras. Valorize seu dinheiro e sua liberdade de escolha. Se o preço não cabe no seu orçamento, é como se não tivesse o modelo disponível no seu manequim, apenas o número maior. Você gostaria de sair por aí usando um vestido ou uma calça com número acima do seu tamanho? Quem tem que parecer magra é você, não sua conta bancária. Procure uma alternativa.

8 – Comprar coisas para “um dia usar”. É cada vez mais comum mulheres que se afastam das tarefas domésticas, mas, mesmo assim, continuam comprando acessórios e “utilidades” que algumas nem sabem para que serve. Muito mais como se usa. Comprem apenas o necessário. A mesma vassoura que varre o pó serve para quando cair farinha no chão. Não precisa comprar um aspirador ultramoderno com seletor de tipo de sujeira a ser aspirada a cada estação do ano. O paninho de pratos escrito segunda-feira também pode ser usado às terças, quartas...

9 – Comprar bugigangas em viagens. Um sombreiro é atraente em Cancun, principalmente depois de algumas tequilas, mas não serve para nada no Brasil, ainda mais para quem mora em apartamentos pequenos. Há mais coisas interessantes em Paris, Nova Iorque, Londres e Barcelona do que shoppings e outlets. As roupas são passageiras. As memórias e a cultura são para a vida toda. Como ninguém é de ferro, separe uma tarde e algum dinheiro para fazer compras. O resto do tempo... Aproveite!

10 – Cinquenta tons de cinza... Ótima leitura contemporânea, mas na sua sapateira não precisa haver tantas variações do mesmo tom. Isso custa caro. E lendo o contrato do livro, não consta em lugar algum que homens reparam tanto assim nas cores e detalhes de roupas e sapatos. Invista na qualidade e nas peças básicas. O resto a criatividade inventa.

Aproveito para sugerir um filme apropriado ao tema: “Delírios de consumo de Becky Bloom”. E para quem não leu ainda, “Cinquenta tons de cinza”, de E L Jame. 
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8887

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