Síndrome das pernas
inquietas, ou síndrome de Ekbom, é um distúrbio que se caracteriza por
alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros
inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves. Em
geral, os sintomas são mais intensos à noite e o paciente dorme mal ou quase
não dorme. Como consequência, passa o dia sonolento, cansado, indisposto e
irritado.
O fato de a síndrome
manifestar-se predominantemente nos momentos de repouso, a qualidade de vida
fica comprometida, uma vez que a pessoa não consegue ir ao cinema ou ao teatro,
ver televisão, participar de uma reunião social ou de negócios, ou fazer
viagens mais longas.
Sintomas
Os principais sintomas são:
sensação de desconforto e necessidade premente de mover as pernas, dor,
formigamento, arrepios, pontadas. A intensidade pode variar de leve a grave e
diminui com o movimento. Em geral, eles se manifestam a noite e impedem que a
pessoa tenha um sono reparador. Como consequência, no dia seguinte, ela está
sonolenta, cansada, mais propensa a irritar-se facilmente e à depressão.
Cafeína em excesso e
tabagismo pioram os sintomas.
Causas
A causa da síndrome não é bem
conhecida. Sabe-se que, além da predisposição genética, a deficiência de
dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro está associada à ocorrência de
movimentos involuntários e repetitivos característicos da síndrome.
Diagnóstico
O diagnóstico é
predominantemente clínico, fundamentado na descrição dos sintomas. Embora
raramente essa síndrome tenha como causa uma polineuropatia, é indispensável
avaliar os reflexos, a sensibilidade ao toque e a intensidade da dor.
A polissonografia e a dosagem
dos teores de ferritina e tranferrina, substâncias que transportam o ferro no
sangue periférico, são exames laboratoriais que ajudam a confirmar o
diagnóstico.
Prevalência
A síndrome pode manifestar-se
em qualquer faixa de idade. Mais rara na infância, acomete principalmente a
população adulta e sua incidência aumenta com o envelhecimento.
Tratamento
Nos casos mais leves,
recomenda-se o uso de benzodiazepínicos. Nos mais graves, pode-se recorrer a
medicamentos, como o pramipexole e o ropinele, que estimulam os receptores de
dopamina no cérebro sem aumentar seu nível no sangue periférico.
Importante: o Departamento de Medicina e Biologia do Sono da UNIFESP (tel 11-2108-7633) atende pacientes com a síndrome pelo SUS.
Importante: o Departamento de Medicina e Biologia do Sono da UNIFESP (tel 11-2108-7633) atende pacientes com a síndrome pelo SUS.
Recomendações
* Criança inquieta na hora de
dormir, que chora, resmunga e mexe muito as pernas, pode não estar fazendo
manha. Leve-a ao pediatra para afastar a possibilidade de ter desenvolvido os
sintomas da síndrome das pernas inquietas;
* Da mesma forma, aja com os
idosos. Não atribua a agitação e as queixas à perda das faculdades mentais.
Sedá-los pode piorar muito o quadro, se o problema for a síndrome das pernas
inquietas;
* O agravamento dos sintomas
pode tornar insuportável a vida do portador da síndrome e da pessoa com quem
divide a cama ou o quarto. Só o tratamento adequado é capaz de controlar as
crises e aliviar os sintomas que, na maior parte das vezes, pioram à noite. Não
se automedique; procure assistência médica especializada;
* O consumo de cafeína,
álcool e cigarro é absolutamente desaconselhado. Faça um esforço e tente excluí-los
do seu dia a dia;
* Medicamentos
antidepressivos e neurolépticos podem desencadear uma síndrome semelhante à das
pernas inquietas. Esteja atento.
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