A promessa dos medicamentos para problemas de ereção é tentadora: tornar possível o ato
sexual em
qualquer idade. Hoje, a facilidade em obtê-los, assim como os preços, bem
acessíveis, tendo até mesmo genéricos das marcas mais famosas, fez as vendas
subirem, porém, como todo medicamento, não é indicado ser usado sem prescrição
médica e é
preciso cautela por parte dos usuários.
Segundo o urologista Orestes Mazzariol Júnior, o número de
homens que estão usando esse tipo de remédio aumentou por dois motivos. O
primeiro seria por causa do aumento na expectativa de vida e integração e
participação social dos homens com mais de 60 anos, que acabam fazendo uso do
remédio, e o segundo porque muitos jovens estão usando os remédios para
prolongar o tempo do ato sexual, o chamado uso recreativo.
Porém, como todo medicamento, ele tem seus efeitos
colaterais, como rubor, cefaleia, congestão nasal, tonturas,
desmaios e a potencialização dos riscos cardiovasculares, o que pode ser fatal.
Além disso, homens que fazem uso de nitratos (medicamentos para o coração como
monocordil, isordil e sustrate, utilizados geralmente em casos de angina) para
dilatação coronariana ou qualquer outro problema cardíaco têm contraindicação
total para esses medicamentos, podendo sofrer uma grande queda de pressão
arterial, evoluindo para um infarto agudo do miocárdio ou um derrame.
No caso dos jovens, o uso indiscriminado recreativo
tem aumentado os casos de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) por estarem
muitas vezes associados ao consumo de drogas e álcool. Outro perigo é a
dependência que o uso do remédio pode causar no jovem, que pode se acostumar a
só ter relações sexuais se for com o auxílio do medicamento e se sentir
inseguro quando não usá-lo.
O especialista também alerta para o fato de que a
disfunção erétil pode ser um sintoma de uma doença mais séria, como doenças
coronarianas, diabetes e hipertensão arterial e que isso pode ser, inclusive, a
primeira forma de manifestação dessas doenças. "Esse sintoma pode aparecer
até 10 anos antes da doença em si se manifestar, por isso a importância de
consultar um médico especialista para que ele avalie o quadro como um todo,
motivo pelo qual o uso indiscriminado é condenado e contraindicado",
finaliza o urologista.

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