Após um tempo de convívio pode acontecer períodos de abstinência sexual na relação de um casal. Isto muitas vezes ocorre e não é atípico na relação dual. Na mulher, afazeres ou outros tipos de preocupação podem levar a perda do desejo. No homem, a parceira já não é mais tão atraente ou não sabe estimulá-lo. Muitas vezes recebemos mensagens não verbais dos parceiros(as), mas na maioria das vezes não estamos atentos a ele(a), por estarmos com nossa atenção voltada para outras coisas, deixando com isso de expressar e contar suas necessidades.
Se o casal não abrir um canal de comunicação dos fatos que estão comprometendo a relação, muito rancor poderá se estabelecer, gerando cada vez mais angustias e frustrações, levando com isso a deterioração da relação afetiva, emocional e sexual. Tentar juntos analisar o comportamento de cada um na vida a dois, será o primeiro passo para que possam descobrir a real fonte do distanciamento que cada um exerceu no relacionamento. Em um primeiro momento pode ser apenas uma crise passageira, devido à projeções de inseguranças pessoais, que podem estar inibindo a relação. Mas poderá ocorrer também um afastamento definitivo do casal.
Estes conflitos poderão ser facilmente corrigidos se a parte afetiva de cada um deles estiver preservada. Começar a colocar em prática um canal permanente aberto para o diálogo, expondo o que cada um espera um do outro é uma forma de minimizar as angustias e resolver os problemas. A medida que tomamos consciência de nós mesmos, podemos nos corrigir e viver de forma plena uma vida a dois.
Buscar também ajuda profissional especializada poderá ser outro bom investimento para a relação. A psicoterapia de casal propõe o autoconhecimento, para que ambos possam lidar com as diferenças individuais, em prol do relacionamento. É fundamental que sempre possamos nos transformar, para garantirmos novas chances como também novas alternativas de convivência.
Regina Verissimo
Psicóloga Clinica/Psicoterapeuta Sexual
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