quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Saiba o que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade


Conhecido como TDAH, os sintomas da doença costumam aparecer na infância


Crianças geralmente são agitadas por natureza. Correm de um lado para o outro, sobem em móveis e em locais nos quais não deveriam. Mas se, além de hiperatividade, seu filho apresentar comportamentos como desatenção, impulsividade dificuldade de concentração e falta de memória, fique alerta, pois essa criança pode sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O pediatra, membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Ricardo Halper, explica que “o TDAH é um transtorno neuroquímico de origem genética que se caracteriza por uma capacidade reduzida de concentração e foco; impulsividade e hiperatividade.”
Para diagnosticar uma criança portadora do transtorno é necessário que uma equipe médica, preferencialmente formada por psiquiatras, psicólogos e terapeutas infantil, encontre indícios e fatores agrupados dos sintomas do TDAH.
“É preciso avaliar com cautela a duração dos sintomas de desatenção hiperatividade e impulsividade; a frequência e intensidade dos sintomas; a persistência deles em todos os ambientes que a criança frequenta e o prejuízo clinicamente significativo na vida dela. Somente a análise dessas circunstâncias pode determinar o diagnóstico e indicar o tratamento correto”, alerta o especialista.
Para o especialista, desde pequenas as crianças com TDAH apresentam alguns dos sinais que indicam o transtorno e é possível traçar um histórico de recorrência deles. Além disso, é preciso avaliar o aparecimento destes sintomas de forma isolada. “Os sintomas como a desatenção, hiperatividade ou impulsividade, apresentados de forma isolada, podem ser resultados de problemas na relação das crianças com os pais e amigos, sistemas educacionais inadequados, ou mesmo estarem associados a outros transtornos, comumente encontrados na infância e adolescência”, explica o pediatra.
Depois de diagnosticada, a criança precisa de acompanhamento e de um tratamento adequado, para evitar que o transtorno cause problemas de relacionamentos, baixa autoestima ou baixo rendimento escolar.
“Um tratamento eficaz é chamado de multimodal, ou seja, necessita de várias abordagens simultâneas para que se obtenha o melhor resultado. São realizadas modificações comportamentais e pedagógicas na escola; psicoeducação para a família e paciente, e, por fim, uso de medicamentos específicos”, explica Halper.

Conhecimento e compreensão

Em casa, os pais e familiares mais próximos precisam evitar julgamentos e atitudes da criança, e, como auxílio, procurar entender as dificuldades do paciente e organizar uma rotina que possa ajudá-lo. “O mais importante é reconhecer que a criança não faz aquilo por vontade própria, e sim porque, muitas vezes, não consegue, ela tem uma limitação. Alguns pais consideram estas atitudes provocações e encaram tudo isso como um problema de comportamento, e não como uma doença, o que realmente é”, diz.
O pediatra indica ainda que os familiares busquem informações confiáveis sobre o transtorno e procurem respostas para os questionamentos com profissionais especializados. Ele alerta para as diversas informações não cientificas que circulam por muitos locais.
Se tratado adequadamente e regularmente ,o paciente com TDAH pode ter uma vida adulta normal, pois ele aprende a lidar com as próprias dificuldades e também com suas habilidades.

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