Conhecido como TDAH, os sintomas da doença
costumam aparecer na infância
Crianças geralmente são
agitadas por natureza. Correm de um lado para o outro, sobem em móveis e em
locais nos quais não deveriam. Mas se, além de hiperatividade, seu filho
apresentar comportamentos como desatenção, impulsividade dificuldade de
concentração e falta de memória, fique alerta, pois essa criança pode sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O pediatra, membro da
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Ricardo Halper, explica que
“o TDAH é um transtorno neuroquímico de origem
genética que se caracteriza por uma capacidade reduzida de concentração e foco;
impulsividade e hiperatividade.”
Para diagnosticar uma criança portadora do transtorno é
necessário que uma equipe médica, preferencialmente formada por psiquiatras,
psicólogos e terapeutas infantil, encontre indícios e fatores agrupados dos
sintomas do TDAH.
“É preciso avaliar com cautela a duração dos sintomas de
desatenção hiperatividade e impulsividade; a frequência e intensidade dos
sintomas; a persistência deles em todos os ambientes que a criança frequenta e
o prejuízo clinicamente significativo na vida dela. Somente a análise dessas
circunstâncias pode determinar o diagnóstico e indicar o tratamento correto”,
alerta o especialista.
Para o especialista,
desde pequenas as crianças com TDAH apresentam alguns dos sinais que indicam o transtorno e é possível
traçar um histórico de recorrência deles. Além disso, é preciso avaliar o
aparecimento destes sintomas de forma isolada. “Os sintomas como a desatenção,
hiperatividade ou impulsividade, apresentados de forma isolada, podem ser
resultados de problemas na relação das crianças com os pais e amigos, sistemas
educacionais inadequados, ou mesmo estarem associados a outros transtornos,
comumente encontrados na infância e adolescência”, explica o pediatra.
Depois de diagnosticada,
a criança precisa de acompanhamento e de um tratamento adequado, para evitar que o transtorno cause problemas de
relacionamentos, baixa autoestima ou baixo rendimento escolar.
“Um tratamento eficaz é chamado de multimodal, ou seja,
necessita de várias abordagens simultâneas para que se obtenha o melhor
resultado. São realizadas modificações comportamentais e pedagógicas na escola;
psicoeducação para a família e paciente, e, por fim, uso de medicamentos específicos”,
explica Halper.
Conhecimento e compreensão
Em casa, os pais e familiares mais próximos precisam evitar
julgamentos e atitudes da criança, e, como auxílio, procurar entender as
dificuldades do paciente e organizar uma rotina que possa ajudá-lo. “O mais
importante é reconhecer que a criança não faz aquilo por vontade própria, e sim
porque, muitas vezes, não consegue, ela tem uma limitação. Alguns pais
consideram estas atitudes provocações e encaram tudo isso como um problema de
comportamento, e não como uma doença, o que realmente é”, diz.
O pediatra indica ainda que os familiares busquem informações
confiáveis sobre o transtorno e procurem respostas para os questionamentos com
profissionais especializados. Ele alerta para as diversas informações não
cientificas que circulam por muitos locais.
Se tratado adequadamente e regularmente ,o paciente com TDAH
pode ter uma vida adulta normal, pois ele aprende a lidar com as próprias
dificuldades e também com suas habilidades.
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