quarta-feira, 17 de junho de 2009

Depressão na Infância e na Adolescência


Segundo Fonseca (2005), o estudo da depressão em adolescentes e crianças é de origem relativamente recente.

No início, a depressão na infância e na adolescência era considerada inexistente ou acreditava se que se manifestasse por meio de sintomas não-depressivos, como queixas somáticas, dificuldades comportamentais ou fracasso académico.

A manifestação da depressão em adolescentes costuma apresentar sintomas semelhantes aos adultos, mas também existem importantes características fenomenológicas que são típicas do transtorno depressivo nesta fase da vida.

Estudos comunitários chamam a atenção para a diferença entre a manifestação depressiva entre adolescentes do sexo feminino e masculino, destacando que as garotas relatam mais sintomas subjetivos, como sentimento de tristeza, vazio, tédio, raiva e ansiedade. As garotas costumam ter, também mais preocupação com popularidade, menos satisfação com a aparência, mais conscienciosidade e menos auto-estima, enquanto que os garotos relatam mais sentimentos de desprezo, desafio e desdém, e demonstram problemas de contunda como: falta às aulas, fugas de casa, violência física, roubos e abuso de substância. Destacam que o abuso de álcool na adolescência pode ser um forte indicador de depressão.

A maior incidência de depressão na infância surge por volta dos 9 anos de idade, e na adolescência entre os 13 aos 19anos.

Algumas pessoas são mais suscetíveis à depressão que outras, tal como ocorre com qualquer outra doença. Além disso, a depressão resulta de uma combinação de múltiplos fatores e não de apenas uma causa.

O primeiro passo para o tratamento, evidentemente, é procurar a experiência de um profissional capacitado para diagnostico, aconselhamento, tratamento e ajuda.

A psicoterapia é útil, pois a depressão afeta a pessoa como um todo e quase nenhuma doença se restringe apenas ao seu aspecto físico. A psicoterapia atinge resultados satisfatórios, promovendo apoio ao paciente e a preparação dos familiares para auxiliarem na recuperação do deprimido.

As intervenções psicoterápicas adequadas promovem alívio sintomatológico, aumentam a vinculação ao tratamento em geral e auxiliam no processo de reorganização psíquica do paciente.

Em suma, o tratamento psicoterápico é um dos elementos mais importantes a ser considerado no tratamento do paciente deprimido.


" A preocupação deveria levar-nos à ação e não à depressão"

(Karen Homey)

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